Hipertensão intracraniana: Como evitar doença que pode levar à cegueira?

Facilmente confundido com uma simples enxaqueca ou uma cefaléia tensional, o pseudotumor cerebral, também conhecido como hipertensão intracraniana, não tem sintomas característicos e nem uma causa bem definida. No entanto, sabe-se que os primeiros sinais de alerta da doença incluem dores de cabeça intensas, náuseas e vômitos, podendo evoluir para o acometimento visual (visão turva, borrada e até cegueira), além de rebaixamento temporário do nível de consciência.

Segundo o neurocirurgião especialista em Cirurgia Craniana Minimamente Invasiva pela Ohio State University, Dr. Mariano Ebram Fiore, esse aumento da pressão dentro da cabeça pode ser resultado de alguma desordem nos níveis de sangue, massa cerebral e lí­quor no crânio. “Quando algum desses componentes tem seu volume aumentado, pode acontecer a hipertensão intracraniana, uma emergência neurológica, devido ao risco de comprometimento da visão”, explica Fiore.  

Diagnóstico

O diagnóstico exige uma avaliação médica criteriosa, feita por meio de exames clínicos, de imagem e análise de fundo de olho, que poderão descartar outras causas para o aumento de pressão na cabeça. O especialista afirma que embora as causas sejam desconhecidas, há fatores de risco que contribuem para o surgimento da doença.

Fatores de risco

“Ela é mais comum em mulheres obesas e jovens, mas pessoas que fazem uso de alguns medicamentos como anticoncepcionais e corticóides por tempo prolongado ou que sofreram intoxicação por Vitamina A, podem ter maior predisposição para desenvolver a doença. Por esse motivo, o controle do peso e do consumo de sal e açúcares pode ser uma forma de prevenir esses fatores de risco”, afirma o especialista.

Tratamento

O tratamento clínico pode ser feito por meio de medicamentos específicos, perda de peso, suspensão de alguns medicamentos e reeducação alimentar. Com essas medidas é possível que evitar que o quadro se agrave. O tratamento cirúrgico é indicado apenas quando os sintomas não regridem ou quando a perda visual é progressiva.